sábado, 26 de maio de 2018

Açores - As festas do Espírito Santo


Esta semana os Açores estão em festa. O culto do Espírito Santo é coisa séria, embora pouco se saiba de certeza certa das suas origens. A versão mais aceita filia o culto Açoriano nas celebrações introduzidas em Portugal pela Rainha Santa Isabel, que as teria trazido de Aragão. Certo é que já nas naus da Índia e do Brasil, era praticado o culto, com a figura do imperador. A existência de Irmandades do Divino Espírito Santo é generalizada no século XVI, bem como a distribuição de carne e os bodos.
Os rituais recorrem a um conjunto de objectos simbólicos: a coroa imperial e o ceptro ambos em prata e encimados por um orbe onde assenta uma pomba de asas estiradas.

Na volta pelo Pico, no dia da chegada, desembocámos em Ribeira de Santa Cruz em plena festa do Espírito Santo. Havia rainhas e aias, tudo vestido a rigor.


Antes tinha havido grande almoçarada com as sopas do dito Espírito Santo na “Casa da Segunda Feira do Espírito Santo”. Seguiu-se a procissão, sem andores mas com estandartes e coroas que após dar à volta ao largo da Igreja, frente ao Cais, acabou na “Casa da Terça Feira do Espírito Santo”.



Este modelo da festa vem dos anos 30 do século XX, com forte influência da cultura americana importada da Califórnia pelos emigrantes açorianos, os “Calafões”.
Dizem-nos que as “Rainhas do Espírito Santo” tiveram aí a sua origem, e muitos dos “Impérios” exibem sobre a entrada a data de construção quase sempre dessa década.

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