Para chegar a Machu Picchu, ou se caminha 4 dias, ou se vai
de comboio, por uma linha estreita que segue o vale, entre as montanhas mais ou
menos escarpadas e picos com neve, e o rio que começa calmo mas logo se torna montês, saltando entre pedregulhos.
A viagem começa
na povoação
de Ollantaytambo, numa pequena estacão
que o turismo enche das 6 da manhã
até ao fim do
dia. São
duas as companhias que fazem o trajecto: a Peru Rail e a Inca Rail. Na linha,
os comboios pequenos, de farol aceso na luz difusa da madrugada, dão um ar de outras paragens, de viagem
fora do tempo. É
uma hora e meia a balançar
nos carris, parando no meio para deixar passar o comboio em sentido inverso, a
olhar pela janela. Chega-se à
povoação
de Machu. Picchu, ou Águas
Calientes como hoje se vulgarizou, e ruma-se rápido para os autocarros que sobem o
monte até
às ruínas. Uma subida também espectacular, embora sem o travo
emocional do comboio.
Quanto à
cidade sagrada dos Incas, ela é
uma história
à parte, ponto
alto das memórias.
Foi no regresso, enquanto esperávamos uma hora na estacão, preferindo ver o corropio dos
passageiros a deambular na povoação
meio farwest turístico, que ouvimos repetidamente os
anúncios pelos
altifalantes da chamada para os comboios, em sonoro castelhano logo seguido de
bem articulado inglês,:
Peru Rail, an inolvidablle viaje, Peru Rail, an unforgetable journey. E quando
chegou o nosso, foi a vez do Inca Rail, a mystical experience, una experiencia
mística.
Pensando bem, e já
passado algum tempo sobre o acontecimento que então nos fez rir, talvez ambos tenham
razão. A viagem
foi de facto inesquecível
e algo mística.
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