Criado na época
dos inca, o complexo de Moray constitui o que hoje se pensa ter sido uma
sofisticada estacão
experimental agrícola,
onde se fazia selecção
de espécies
e variedades, estudos de aclimatação
e produção
de plantas. Um INIA do séc.
XV, bem articulado com uma agricultura de produção de sucesso. Nós
também aproveitamos
este conhecimento, com a adopção
da batata e do milho, por exemplo.
Os terrenos de experimentação são constituídos por uma sucessão de terraços formando uma grande depressão circular. O campo principal,
irrigado por um sistema de canais, tem seis terraços circulares na parte mais baixa,
que se continuam no nível
superior com mais uma série
de seis terraços
mas que se alargam para uma quase elipse, terminando-se com mais outros oito
terraços
em arco circular. Esta disposição
permitia obter no mesmo local, microfilmas diferentes: por exemplo a diferença de temperatura entre o fundo e o
terraço
superior seria de 15ºC.
A construção
dos muros de suporte inclui pedras salientes para servirem de escadas de
circulação
entre os patamares. Cultivava-se batata, milho, coca. Imagino o investigador agrícola percorrendo as experiências, olhando criticamente a produção, talvez registando alguns
resultados no sistema de ábaco
que possuíam
(uns fios organizados com nós),
escolhendo as variedades que melhor se adaptariam às diferentes regiões do império.
Outros dois campos de terraços, com uma organização semelhante, encontram-se ao lado,
mas estes são
para experimentação
só com a
natureza e as suas chuvas, pois não
possuem irrigação.
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