Vamos das Flores ao Corvo numa das lanchas semi rígidas, equipados com
impermeáveis e coletes. O mar, pela manhã, estava com vaga muito larga e vento
bonançoso. As precauções de protecção da máquina contra os prováveis salpicos
foram desnecessárias. A rota segue a costa oriental das Flores com paisagem
dramática de rochedos destacados da orla, de formas irregulares e agrestes
mostrando que são formações jovens ainda não adoçadas pela erosão de ventos e
marés.
Depois ruma-se directo ao Corvo. No caminho alguém grita “tartaruga”! A
bicha estava à superfície, atacada de caranguejos parasitas que quando mergulha
a mordem. Foi puxada para bordo, posta de patas para o ar, limpa e devolvida ao
mar e lá mergulhou rapidamente.
Pouco depois estávamos no meio dos golfinhos. Muitos, seguramente duas ou
três dezenas, aos saltos por todos os lados onde se olhasse e alguns com o
comportamento usual, brincado junto às amuras da embarcação. Uma emoção.
O dia ia reservar-nos mais acontecimentos agradavelmente inesperados. Mas
disso talvez escreva mais tarde.